ON MANGE...

On mange pas mal en France ....

HONFLEUR

Uma dos mais belos lugares do norte da França. Um velho porto na embocadura do rio Sena.

LA NORMANDIE

A partir do século IX a Europa começou a sofrer uma segunda leva de invasões bárbaras. Desta vez não com o intuito de se estabelecerem mas claramente de pilhagem. No norte, os vikings, excelentes navegadores vindos da Escandinávia dominavam os mares com seus navios e pilhavam não só as costas como, aproveitando os rios, penetravam até o coração e o sul da Europa. Paris foi várias vezes assediada. Na última vez por mais de 1400 barcos vikings que ali chegavam navegando pelo Sena com seus navios de fundo plano. Estas invasões só acabaram quando eles foram convertidos ao cristianismo e quando o rei franco doou as terras situadas ao norte de Paris para os normandos. Que aqui fundaram um rico ducado – a Normandia – muito mais poderoso e independente do próprio reino francês.

Em 1064 os normandos invadiram a Inglaterra, como contado mais abaixo na história da tapeçaria de Bayeux. Mil anos após, a invasão foi em sentido contrário. Partindo da Inglaterra, as costas da Normandia foram o lugar de desembarque das tropas aliadas no famoso "Dia D" da segunda guerra mundial.

A Normandia é uma das poucas regiões da França que não produz vinho. Mas produz uma excelente cidra e um álcool dos melhores do mundo - o Calvados – a partir da maçã. E queijos .... o mais famoso e conhecidos deles, o camembert.

DEAUVILLE

Dauville é uma estação balnearia das mais "chics" da França. Situada a menos de 2 horas de Paris, é o ponto de reunião de celebridades e milionários, principalmente no verão e fins de semana por causa do seu cassino. Existe um excelente filme frances com Jean Gabin cujo tema é o roubo desse cassino.

Chama a atenção pela belíssima arquitetura – típica normanda – e pela preservação, sem concessões à especulação imobiliária tão comum pelos nossos lados. Tudo preservado na altura e nos estilos de construção. Dá um pouco de inveja quando se compara com o desastre que foi feito em Mar del Plata ou Punta del Este. Sem falar do terror (visual, claro - não vou falar da poluição das águas) que são as praias de Santa Catarina, São Paulo etc.

ABBAYE ROYALE DE FONTEVRAUD

OS PLANTAGENETS

Assim eram chamados os duques da Normandia e Condes de Anjou que assumiram a coroa inglesa em 1152. Genêt (carvalho) era o símbolo da família.

Henrique II (ll33-1189) – fundador da dinastia - possuia mais domínios na França que o próprio rei francês Louis VII. A Normandia, o Anjou e a Bretanha. E era amante da rainha, a também poderosa e culta Eleanor de Aquitânia (1122-1204), que acabou divorciando-se de Louis VII para casar com êle. Com isso o ele ainda adicionou ao seu quase-império as terras do sul da França. Mas a relação, de amor no principio, foi bastante tumultuada com ela e seus filhos fazendo guerra contra o marido. Existe um bom filme com Catharine Hepburn e e Peter O’Toole – O Leão no Inverno – que conta um pouco essa história. É fácil de encontrar em vídeo. Seus filhos também foram reis da Inglaterra: João-Sem-Terra e Ricardo Coração de Leão. Estes dois são personagens das aventuras de Robin Hood. Mas existiram de verdade! Ricardo Coração de Leão foi um cruzado que chegou a conquistar a Jerusalém.

ABADIA DE FONTVRAUD

É a maior abadia do Ocidente cristão. Sua construção começou em 1101 e terminou e 1789, quando da Revolução Francesa que transformou o local em prisão.

Apoiada nas regras beneditinas, desde o seu início – coisa rara para a época – foi dirigida por uma mulher. Desde a fundação até a Revolução foi comandada por 36 abadessas, na maioria das vezes de sangue real.

Deve sua grandeza por ter sido adotada por Elenor de Aquitânia, que fez desse local seu retiro de final de vida e sua necrópole real. Na igreja abacial encontram-se os gisantes policromados de Henrique II Plantagenêt, da sua mulher Eliénor d’Aquitaine, do filho Richard Coeur de Lion e de Isabelle d’Angouleme esposa de Jean-Sans-Terre.

A Igreja, erguida no século XII surprende pelas suas dimensões ( 90m x 16 m) e suas cópulas bizantinas.

O edifício mais famoso do conjunto são as cozinhas, em razão da sua arquitetura bastante bizarra. Redondo de 30 metros e inteiramente de pedra. Suas cozinhas – em número de 8 – serviam as mais de 3 mil pessoas que viviam na abadia.

Os "Cloîtres" foram construídos ou extendidos entre os séculos XVI e XVIII.

Na Revolução francesas as monjas foram cassadas da Abadia e esta transformada em prisão por Napoleão Bonaparte, com capacidade para mais de 700 prisioneiros.