quinta-feira, 24 de julho de 2008

NANTES



Aglomeração urbana com mais de 500 mil habitantes, a cidade de Nantes fica situada perto as margens do Loira perto do Oceano Atlântico. Uma das antigas capitais do ducado de Bretagne, é conhecida de todos nós, desde as aulas de história, pelo famoso "Édito de Nantes". Assinado em 1597 pelo rei Henrique IV, pôs fim a sangrenta guerra civil que dividiu a França entre católicos e protestantes.


Do século XVI ao XVIII foi um importante entreposto do comércio de escravos africanos em direção ao Caribe, tornando-se uma das mais importantes e ricas cidades francesas. Levavam escravos e traziam açucar das colônias. Este vergonhoso comércio, por pudor, era chamado "bois d’ébène" (madeira de ébano). Os filósofos iluministas do século XVIII clamavam contra, mas Voltaire - de quem se conhece seu agudo senso para os negócios - tinha dinheiro aplicado num "négrier nantais".






O personagem mais conhecido da cidade é Anne de Bretagne, duas vezes rainha da França, e seu castelo é a maior atração turísica.









Na catedral da cidade está o túmulo do último grande duque bretão, François II e sua mulher. Uma bela obra renascentista, encomendada pela filha do casal, Anne de Bretagne e esculpida em 1502. Durante a revolução francesa (1789) o túmulo foi demolido mas seus pedaços foram escondidos e depois remontados.





O duque e a duquesa repousam sobre uma pedra de mármore branco, com anjos que sustentam suas cabeças em almofadas, representando a acolhida celeste.


O leão aos pés do duque é um emblema da sua força. O cachorro aos pés da duquesa, da sua fidelidade.



As grandes estátuas nos angulos, personificam as quatro virtudes cardeais. Do lado do duque, a Justiça (coroa na cabeça, o livro das leis e a espada) ...



... e a Força (de casco e armadura, arrancando o dragão do mal da torre do bem).


Do lado da duquesa, a Temperança (com um "bussal" – lembrando a contenção das paixões – e um relógio que aporta a idéia de medida) ...



... e a Prudência com dupla face, na frente uma jovem que se olha no espelho – o futuro – e atrás uma velha figurando o passado.


Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Felício.
Bueno, precisei dar uma boa vasculhada nos guardados conhecimentos de História pra chegar ao Édito de Nantes. Valeu!!
Beijos.
Jane.